segunda-feira, 9 de maio de 2011

Texto do Boff sobre EUA x Osama

sábado, 7 de maio de 2011


Teólogo Leonardo Boff: “A MORTE DE BIN LADEN”


Por Leonardo Boff, teólogo e filósofo

FEZ-SE VINGANÇA, NÃO JUSTIÇA

“Alguém precisa ser inimigo de si mesmo e contrário aos valores humanitários mínimos se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de novembro de 2001 em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo, se tenha transformado ele mesmo num Estado terrorista.

Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do país. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o Afeganistão e contra o Iraque, onde devastou uma das culturas mais antigas da humanidade na qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão de deslocados.

Cabe renovar a pergunta que quase a ninguém interessa colocar: por que se produziram tais atos terroristas? O bispo Robert Bowman de Melbourne Beach, da Flórida, que fora anteriormente piloto de caças militares durante a guerra do Vietnã, respondeu, claramente, no ‘National Catholic Reporter’, numa carta aberta ao Presidente: ”Somos alvo de terroristas porque, em boa parte no mundo, nosso Governo defende a ditadura, a escravidão e a exploração humana. Somos alvos de terroristas porque nos odeiam. E nos odeiam porque nosso Governo faz coisas odiosas”.

Não disse outra coisa Richard Clarke, responsável contra o terrorismo da Casa Branca numa entrevista a Jorge Pontual emitida pela ‘Globonews’ de 28/02/2010 e repetida no dia 03/05/2011. Havia advertido à CIA e ao Presidente Bush que um ataque da Al Qaeda era iminente em Nova York. Não lhe deram ouvidos. Logo em seguida, ocorreu, o que o encheu de raiva. Essa raiva aumentou contra o Governo quando viu que, com mentiras e falsidades, Bush, por pura vontade imperial de manter a hegemonia mundial, decretou guerra contra o Iraque que não tinha conexão nenhuma com o 11 de setembro. A raiva chegou a um ponto que, por saúde e decência, se demitiu do cargo.

Mais contundente foi Chalmers Johnson, um dos principais analistas da CIA também numa entrevista ao mesmo jornalista no dia 2 de maio do corrente ano na ‘Globonews’. Conheceu por dentro os malefícios que as mais de 800 bases militares norte-americanas produzem, espalhadas pelo mundo todo, pois evocam raiva e revolta nas populações, caldo para o terrorismo. Cita o livro de Eduardo Galeano “As veias abertas da América Latina” para ilustrar as barbaridades que os órgãos de Inteligência norte-americanos por aqui fizeram. Denuncia o caráter imperial dos Governos, fundado no uso da inteligência que recomenda golpes de Estado, organiza assassinato de líderes e ensina a torturar.

Em protesto, se demitiu e foi ser professor de história na Universidade da Califórnia. Escreveu três tomos “Blowback” (retaliação) onde previa, por poucos meses de antecedência, as retaliações contra a prepotência norte-americana no mundo. Foi tido como o profeta de 11 de setembro. Este é o pano de fundo para entendermos a atual situação que culminou com a execução criminosa de Osama Bin Laden.

Os órgãos de inteligência norte-americanos são uns fracassados. Por dez anos, vasculharam o mundo para caçar Bin Laden. Nada conseguiram. Só usando um método imoral, a tortura de um mensageiro de Bin Laden, conseguiram chegar ao seu esconderijo. Portanto, não tiveram mérito próprio nenhum.

Tudo nessa caçada está sob o signo da imoralidade, da vergonha e do crime. Primeiramente, o Presidente Barak Obama, como se fosse um “deus” determinou a execução/matança de Bin Laden. Isso vai contra o princípio ético universal de “não matar” e dos acordos internacionais que prescrevem a prisão, o julgamento e a punição do acusado. Assim se fez com Hussein do Iraque,com os criminosos nazistas em Nürenberg, com Eichmann em Israel e com outros acusados. Com Bin Laden, se preferiu a execução intencionada, crime pelo qual Barak Obama deverá um dia responder. Depois, se invadiu território do Paquistão, sem qualquer aviso prévio da operação. Em seguida, se sequestrou o cadáver e o lançaram ao mar, crime contra a piedade familiar, direito que cada família tem de enterrar seus mortos, criminosos ou não, pois, por piores que sejam, nunca deixam de ser humanos.

Não se fez justiça. Praticou-se a vingança, sempre condenável. ”Minha é a vingança” diz o Deus das escrituras das três religiões abraâmicas. Agora, estaremos sob o poder de um Imperador sobre quem pesa a acusação de assassinato. E a necrofilia das multidões nos diminui e nos envergonha a todos.”

FONTE: escrito por Leonardo Boff, teólogo e filósofo. É autor de “Fundamentalismo,terrorismo , religião e paz”, Vozes, 2009. Transcrito no portal do jornalista Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-morte-de-bin-laden-por-leonardo-boff#more) [imagem do Google adicionada por este blog].

quinta-feira, 31 de março de 2011

Nossa suja história - (o que não é contado)

Um artigo que eu concordo e  assino em baixo! Publicado em 30/03/2011

Sobre o autor deste artigo Rui Martins Berna

Jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura, é líder emigrante, ex-membro eleito no primeiro conselho de emigrantes junto ao Itamaraty. Criou os movimentos Brasileirinhos Apátridas e Estado dos Emigrantes, vive em Berna, na Suíça. Escreve para o Expresso, de Lisboa,
Correio do Brasil e agência BrPress.

* A nossa suja história

Foi minha filha Julie quem me deu o tema para esta coluna, logo depois do almoço, quando falávamos das mentiras da Tepco no Japão, das tantas mortes na Líbia e do futuro de Kadhafi. Ela ainda está traumatizada por ter ouvido de um primo, numa reunião familiar na última viagem ao Brasil, que a ditadura militar tinha sido uma boa coisa para o País. Terminando o curso colegial, tem estudado a História recente e me surpreendeu, pois, enquanto tomávamos o café preto sem açúcar, fez um simples mas profundo comentário:

Veja só papai: na França, existem ruas, placas comemorativas com o nome de Jean Moulin, herói da resistência à ocupação nazista. Quando estive em Barcelona, vi que o povo espanhol não esquece dos que lutaram contra o ditador Franco. Mas, no Brasil, ninguém fala nos anos da ditadura, minhas primas nem sabem disso, é como se nunca tivesse acontecido. Mas foram vinte anos !

Coincidentemente, tinha lido ontem, uma entrevista da jovem e brilhante jornalista Ana Helena Tavares com um dos nossos heróis da resistência à ditadura militar, Carlos Eugênio Paz, na qual ele fala nessa falha histórica, pela qual nossos cinco ditadores são chamados de presidentes e seus nomes são imortalizados em obras públicas.

É verdade, o Brasil está empurrando para debaixo do tapete sua suja História, talvez por vergonha mas principalmente porque muitos de seus atores, que participaram do golpe e justificaram a ditadura, estão vivos e têm força suficiente, até no STF, para tentar apagar da memória da jovem geração nossas páginas vergonhosas.

E minha filha citou como exemplo a experiência suíça. Durante anos, os manuais escolares, os jornais, os políticos suíços esconderam o papel da Suíça durante a Segunda Guerra, disfarçado sob o manto de uma pretensa neutralidade. Porém, pressionado pelo peso da verdade, o governo foi obrigado a criar uma Comissão histórica independente, composta também de historiadores estrangeiros, presidida pelo suíço Jean François Bergier, para se revelar os anos ocultos.

E muita coisa dolorosa se soube, desde os judeus entregues aos nazistas nas fronteiras, ficando seus bens retidos nos bancos suíços, à lavagem do ouro roubado dos bancos centrais dos países ocupados pelos nazistas. Com esse ouro lavado e trocado em dinheiro, os nazistas podiam importar tungstênio e matérias primas da Espanha e Portugal para fabricar suas armas de guerra. E, enfim, foi o próprio presidente suíço quem fez solenemente sua mea culpa.

Argentinos e espanhóis desenterram suas vergonhas e estremecem diante das revelações de adoções por famílias de militares dos filhos das jovens opositoras mortas sob a tortura. O exercício da memória é a única maneira de se restabelecer a honra de um país. O Chile teve também seu momento de penitência, ao se revelarem oficialmente os crimes de Pinochet, velho decadente fingindo-se de gagá, com seu passado de traição e assassinatos.

É verdade minha filha, o Brasil nunca poderá ser um país de respeito enquanto não lavar a sujeira dos seus vinte anos de ditadura, enquanto não soubermos os nomes dos torturadores e assassinos, alguns dos quais sobreviveram ao retorno da democracia como políticos e parlamentares.

Enquanto os livros escolares não falarem de resistentes como Marighella, Lamarca e de tantos outros que tornaram possível a democracia de hoje. Será também preciso se retirar dos ditadores, desde Castelo Branco a Figueiredo, passando por Médici, Costa e Silva e Geisel, a citação e referência de terem sido nossos presidentes.

É preciso se contar a verdade para as novas gerações estudiosas, que terão vergonha se o Brasil for o único país do mundo a acobertar a vergonha dos seus anos sujos de ditadura, de falta de liberdade, de torturas e assassinatos. E nesse quadro, é muito normal surgirem declarações abjetas como essas do deputado Bolsonaro, apoiadas pelo pessoal dos anos sujos. Declarações que nunca serão punidas.

FREI TITO DE ALENCAR LIMA (1945 – 1974)
Filiação: Laura Alencar Lima e Ildefonso Rodrigues Lima
Data e local de nascimento: 14/09/1945, Fortaleza (CE)
Organização política ou atividade: ALN
Data e local da morte: 07/08/1974, França
Tito de Alencar Lima estudou em Fortaleza, sua terra natal, com os padres jesuítas e, mais tarde, foi aluno de Filosofia da USP, em São Paulo. Atuou como dirigente regional e nacional da Juventude Estudantil Católica (JEC), tendo sido seu coordenador para o Nordeste. Em 1965, ingressou na Ordem
dos Dominicanos, sendo ordenado sacerdote em 1967.
Foi preso em 1968, sob a acusação de ter alugado o sítio onde se realizou o
30º Congresso da UNE, em lbiúna (SP), e novamente em 04/11/1969, em companhia
de outros frades dominicanos acusados de manterem ligações com a ALN e seu líder Carlos
Marighella. Frei Tito foi torturado durante 40 dias pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury e, em seguida, transferido para o Presídio Tiradentes, onde permaneceu até 17 de dezembro. Nesse dia, foi levado para a sede da OBAN, onde o conhecido torturador capitão Maurício Lopes Lima lhe disse: “Agora você vai conhecer a sucursal do inferno”. Durante dois dias, Tito passou pelo “pau-de-arara”, recebeu choques elétricos na cabeça, nos órgãos genitais, nos pés, mãos e ouvidos. Levou socos, pauladas, “telefones”, palmatórias; enfrentou um “corredor polonês”, foi preso à “cadeira do dragão” e queimado com cigarros. Depois de uma noite inteira no pau-de-arara, tentou o suicídio com uma gilete, sendo conduzido às pressas para o Hospital Central do Exército, no Cambuci,
onde ficou cerca de uma semana sob tratamento médico. No entanto, em nenhum momento os agentes pararam de torturá-lo psicologicamente.
Banido do país em 13/01/1971, em troca do embaixador suíço no Brasil, viajou para o Chile, seguindo depois para a Itália e França. Após algum tempo, instalou-se na comunidade dominicana de Arbresle, onde lutou desesperadamente contra os crescentes tormentos de sua mente, abalada pela tortura. Já no exílio, recebeu condenação da 2ª Auditoria de São Paulo a um ano e meio de reclusão, em 23/02/1973. Sobre as torturas sofridas pelo dominicano constou dos autos do processo formado na CEMDP um documento redigido pelo próprio Frei Tito: “Na quinta-feira, três policiais acordaram-me à mesma hora do dia anterior. De estômago vazio, fui para a sala de interrogatórios. Um capitão cercado por sua equipe voltou às mesmas perguntas. – Vai ter que falar senão só sai morto daqui – gritou. Logo depois vi que isto não era apenas uma ameaça, era quase uma certeza. Sentaram-me na Cadeira do Dragão (com chapas metálicas e fios), descarregaram choques nas mãos e um na orelha esquerda. A cada descarga, eu estremecia todo, como se o organismo fosse se decompor. Da sessão
de choques, passaram- me ao pau de arara. Uma hora depois, com o corpo todo ferido e sangrando,
desmaiei. Fui desamarrado e reanimado. Era impossível saber qual parte do corpo doía mais: tudo
parecia massacrado. Mesmo que quisesse, não poderia responder às perguntas: o raciocínio não se ordenava mais, restava apenas o desejo de perder novamente os sentidos. Isso durou até as dez horas, quando chegou o capitão Albernaz. Nosso assunto agora é especial, disse o capitão Albernaz, e ligou os fios em meus membros. Quando venho para a OB – disse – deixo o coração em casa. Tenho verdadeiro pavor a padre e para matar terrorista nada me impede. A certa altura, o capitão Albernaz mandou que eu abrisse a boca para receber ‘a hóstia sagrada’. Introduziu um fio elétrico. Fiquei com a boca toda inchada, sem poder falar direito. (...)”.
Até junho de 1973, Frei Tito viveu no convento S. Jacques, em Paris, onde retomou seus estudos na Universidade de Sorbonne. A tortura deixara nele seqüelas profundas e rompeu definitivamente seu equilíbrio psíquico. Apesar dos cuidadosos tratamentos a que se submeteu na França, sua unidade interior havia se partido. Foi mandado para o convento. Ao elaborar seu voto Maria Eliane Menezes de Farias afirmou que “a vasta documentação acostada aos autos confirma os fatos quanto à militância política de Tito de Alencar Lima, seu sofrimento e morte, por suicídio, em conseqüência das seqüelas resultantes de atos de tortura praticados por agentes do poder público. Provada a relação de causa e efeito entre a prisão, tortura e posterior desequilíbrio psíquico que levou Frei Tito ao suicido reconheço-o como vítima da ditadura militar”.
No Convento dominicano de Sainte Marie de la Tourette, em Eveux, província de Lyon, onde poderia encontrar um clima mais calmo para estudar Teologia, Frei Tito se isolou. Nada adiantou, pois os torturadores haviam tomado conta de seu próprio psiquismo.

No dia 07/08/1974, com 31 anos, Frei Tito enforcou-se em uma árvore de um bosque ao redor do convento, conforme bem retratado no filme Batismo de Sangue (do Livro de Frei Beto), do diretor Helvécio Ratton, exibido em todo o Brasil em 2006 e 2007. A morte foi seu último ato de coragem e protesto. Foi enterrado no cemitério de Sainte Marie de la Tourette.

Em 25/03/1983, seus restos mortais foram trasladados para o Brasil e acolhidos solenemente na igreja dos Dominicanos, em Perdizes, na capital paulista, onde, ao lado dos restos mortais de Alexandre Vannucchi Leme, morto em 17/03/1973 e enterrado como indigente no cemitério de Perus, recebeu homenagens e manifestações de saudade. Dom Paulo Evaristo Arns, símbolo da defesa dos Direitos Humanos no Brasil, coordenou a celebração litúrgica, sendo que em seguida os ossos de Frei Tito foram trasladados a Fortaleza.

Na reunião de apreciação do caso, que marcou os 30 anos de sua morte, a relatora Maria Eliane Menezes de Farias chamou a atenção para as inúmeras brutalidades sofridas por Tito de Alencar Lima, que teriam culminado com seu suicídio, demonstrando o nexo de causalidade entre o suicídio e as torturas e perseguições por motivação política, na forma do disposto no art. 4º, I, “d”, da Lei nº 9.140/95.


                                      Manifestantes mudam nome na placa de ponte em SP
http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5511

segunda-feira, 28 de março de 2011

Soja usa 5 milhões de litros de agrotóxico e chega ao leite materno em MT

17/03/2011 - 14h08
Thais Tomie
Redação 24 Horas News

O município de Lucas do Rio Verde, localizado ao norte do Estado,  é caracterizado como segundo maior produtor de grãos do Estado. Em 2009 cultivou 410 mil hectares de soja e milho.Para isso,  utilizou nada mais nada menos que cerca de 5 milhões de litros de agrotóxicos. Bom para a indústria, bom para os negócios, péssimo para a saúde da população. Principalmente de mães, cujos filhos estão em idade de amamentação. Uma pesquisa revelou a presença de agrotóxico no leite materno das gestantes que residem no município. Isso mesmo: agrotóxico no leite materno.
“Após a aplicação, parte desses produtos atinge a peste alvo, enquanto que o restante pode ser disperso no ambiente e acumular-se no organismo humano” – explica Danielly Cristina de Andrade Palma, mestranda em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso. Nas amostras de leite coletadas de 62 nutrizes, foram encontradas pelo menos um tipo de agrotóxico. A coleta foi feita entre a 3ª e a 8ª semana após o parto. Entre as variáveis estudadas, ter tido aborto foi uma variável que se manteve associada à presença de três agrotóxicos.
O estudo é uma alerta para os moradores da região, pois os resultados podem ser oriundos da exposição ocupacional, ambiental, alimentar do processo produtivo da agricultura que expôs a população a 114,37 litros de agrotóxicos por habitante na safra agrícola de 2009/2010..
“Por suas características fisiológicas e vulnerabilidade à exposição a agentes químicos presentes no ambiente, este leite ao ser consumido pelos recém-nascidos pode provocar agravos à saúde” – diz a pesquisadora.
De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Edu Pascosk, o que aconteceu no município foi um fato esporádico que ocorreu devido a uma pulverização de uma aeronave que passou dentro do perímetro urbano. “todas as providências já foram tomadas e os agricultores estão seguindo normalmente a legislação federal”, informou.
O município é considerado o segundo maior produtor de grãos do Estado. E para o agronegócio, o lucro pode estar acima da vida. Diante dos fatos, parece que o mesmo governo que faz campanhas para incentivar as mulheres a amamentar, financia o agronegócio que produz a comida envenenada, contaminando o leite da maioria das mães.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Com esse trânsito de BH, só trocando os nomes das ruas! Confira aqui

O Sofrimento no trânsito de BH fez alguém ser tão criativo que sou obrigada a postar aqui.

Com ironia, comunidade no Facebook protesta contra trânsito de BH.
Você pode ser motorista, motociclista, usuário de transporte público ou até mesmo ciclista. Seja qual for sua opção de locomoção, uma reclamação é comum: o trânsito de Belo Horizonte. Com o aumento da frota da cidade e as recentes obras realizadas em vias importantes, os congestionamento são constantes e não se restringem mais aos horários de pico.
Como forma de protesto, uma comunidade foi criada no Facebook ironizando não só o slogan da capital “Eu amo BH radicalmente”, como os nomes de ruas conhecidas. A comunidade foi intitulada de “Rebatizando BH radicalmente” e é descrita como "movimento colaborativo pela adequação dos nomes de vias de BH à nossa realidade".
A página possui uma lista de pelo menos 18 ruas, avenidas e praças que poderiam ter outros nomes como a avenida do Contorno que, pela comunidade, deveria se chamar avenida do Transtorno. Ou a avenida Cristiano Machado, que foi renomeada para Cristiano Atrasado. Todos os novos nomes fazem alusão à dificuldade de deslocamento nesses locais.

 
PROPOSTAS DE NOVOS NOMES PARA AS VIAS DE BH

Av. do Transtorno

Av. Antônio Caos
 
Av. Cristiano Atrasado
 
Via Estressa
 
Av. Afonso, Pena que eu passei por aqui
 
Av. Pedro só de Primeira
 
Anel perdi o horário
 
Av. Nossa Senhora do Carma
 
Av. Getúlio Praga
 
Perplexo na Lagoinha
 
Av. Silva ô Louco!
  
Praça São vinte na minha frente
 
Av. Anda, zona!
 
Av. Moleza Cristina
 
Av. OiaPorre
 
Av. Pára, né?
 
Av. Assis, Já to brecando
 
Rua Pare Eustáquio
 
Viaduto Santa Lerdeza!
 
R. Guentaí
 
Av. Otacílio Lerdão de Lima
 
Av. Bernardo Canseira
 
Av. Ô Cara, Anda Aí!
 
Av. Raja Canalha
 
Av. Barão Homem no Inferno
 
BR-0 nojenta
 
Av. Cristóvão com Lomba
 
Av. Caralho Werneck
 
Rua Rio Grande Boa Sorte
 
Av. Carlos me dá uma Luz
 
Praça me dá Liberdade
 
Rua Santa irrita Durão
 
Elevado Castelo Manco
 
Av. Ias Forte
 
Av. Prof. Mário Vem-no-breque
 
Av. Tito Fudêncio / Av. Ti Tô Fudendo, sô!
 
R. Rodrigues, Calma!
 
Praça José Encavaladini
 
Rua Lerdopoldina
 
Rua São Domingos do Atrasa
 
Av. Augúrio de Cima
 
Av. Sintofome Brochado
 
Av. Olha o carro, Maciel!
 
R. Caramba, a hora!
 
Av. Olha isso, Negrão!
 
Para às Sete!
 
Av. Prudente Até Demais!
 
Av Nossa Senhora do Carro